Carissimos irmãos e irmãs em cristo, estarei postando hoje mais escans do livro "perguntas e respostas sobre a fé" do Padre Alberto Luiz Gambarini.

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A Missão e Ministérios dos Cristãos Leigos e Leigas - Uma abordagem



Na Assembléia Geral de 1999, os Bispos do Brasil aprovaram documento com o título “Missão e ministério dos cristãos leigos e leigas”, publicado sob nº 62 na coleção “documentos da CNBB”.

Façamos uma análise deste texto a partir de suas origens.
Já há várias décadas que se vem sentindo a necessidade de reencontrar o papel do leigo na Igreja e no mundo. Basta lembrar o desenvolvimento marcante da chamada Ação Católica.

Os leigos mereceram a atenção do Concílio Vaticano II (Apostolicam actuositatem) e do Magistério de Paulo VI e João Paulo II (com destaque para a exortação apóstolica Christifideles laici, fruto do Sínodo dos Bispos de 1987).

Em agosto de 1997 a Santa Sé divulgou “Instrução acerca de algumas questões sobre a colaboração dos fiéis leigos no sagrado ministério dos sacerdotes”. Pôde-se observar uma recepção um tanto negativa deste documento assinado pelos responsáveis por seis Congregações e dois Conselhos da Cúria Romana. Ao que nos parece, tal reação é devida à linguagem dura com que o documento foi redigido e a referências pouco claras a fatos que lhe deram motivação. Isto levou – é ainda nossa opinião – a se ler no documento mais do que se quis com ele expressar (p. ex., a recomendação de adotar precauções quanto a celebrações presididas por leigos pode dar a impressão de que tais celebrações tenham sido vetadas).

Logo após a divulgação de mencionada Instrução foi proposto que a missão dos leigos fosse assumida como tema da 36ª Assembléia Geral da CNBB, em 1998.

Vale destacar desde já diferenças de enfoque fundamentais. Enquanto a Instrução se propunha discutir aspectos relacionados com a colaboração dos leigos no ministério dos sacerdotes ordenados, o tema apresentado à CNBB se referia à missão e aos ministérios específicos dos leigos. Naquele, a colaboração do leigo para com ministério que não é seu; neste, o papel próprio do leigo.

Tanto que, quanto à fundamentação teológica da missão e dos ministérios dos leigos, a Instrução e Documento 62 são concordes. São pontos comuns: o reconhecimento de que na Igreja se manifestam diversos ministérios e carismas; o apontamento da dignidade comum e da diversidade de funções dos diversos ministérios; a Igreja definida como Povo de Deus; a atuação da Igreja em dois âmbitos, o espiritual e o temporal; a participação de todos na Igreja tem como fundamento o batismo e a crisma; a índole secular da missão do leigo; a igualdade fundamental no sacerdócio comum.

Já quanto às orientações práticas, não encontramos convergência entre os dois textos, o que se compreende pelo fato de estarem se ocupando de questões diferentes, como se viu. Aliás, a diversidade de momento e de motivação leva ambos a uma diversa acentuação, o que, numa leitura apressada, pode parecer oposição. A nós, parece tratar-se de aspectos complementares, com necessidade de ora destacar um, ora o outro. É assim que encontramos expressões paralelas: protagonismo dos leigos x protagonismo dos sacerdotes; função insubstituível dos leigos x função insubstituível dos sacerdotes; o clero não assuma o que é próprio do leigo x o leigo não assuma o que é próprio do clero.

Pois bem. Na Assembléia de 1998 foi apresentado um anteprojeto sobre o qual não houve consenso. Alguns entendiam ser oportuna a aprovação de um texto com estatuto de documento da CNBB. Outros entendiam que até se podia tratar do tema, mas na condição de estudo da CNBB. Para outros, ainda, o tema não era oportuno, uma vez que tinha sido objeto de recentes sínodo e exortação apostólica. O texto de estudo preparado previamente também não foi do agrado geral.

A Assembléia avançava já com várias propostas de alteração no texto, mas sem um consenso. Surgiu, então, a proposta de que, no decorrer do ano, o tema fosse melhor estudado e retomado na 37ª Assembléia Geral, em 1999. A proposta foi aceita, tendo havido a publicação do texto “Missão e ministérios dos leigos e leigas cristãos” sob nº 77 na coleção “estudos da CNBB”.

É neste panorama que o tema foi reassumido na 37ª Assembléia.
No encarte nº 430 do boletim Notícias da CNBB, Dom Vital Wilderink, OC observava que “já se passaram mais de 50 anos desde que Pio XII, em 1946, proclamou: ‘os leigos são Igreja’. (…) Esta, embora hoje soe óbvia dentro da visão de Igreja depois do Vaticano II, continua uma novidade na prática pastoral. Grande parte dos próprios leigos não a percebem ainda como um desafio.” Não é de estranhar o difícil parto que trouxe à luz o doc. 62.

A elaboração do documento seguiu o método “ver, julgar, agir”. Os três momentos do método podem ser reconhecidos nos três títulos que formam o documento: I – Desafios e sinais dos tempos; II – A missão do Povo de Deus – Fundamentos teológicos; III – Comunidade em missão – Diretrizes para a evangelização.

É interessante um estudo comparativo entre os textos nº 77 da coleção estudos e nº 62 da coleção documentos.

O primeiro ponto que chama a atenção é o título, onde houve inversão não sem importância: a primitiva expressão “leigos e leigas cristãos” deu lugar a “cristãos leigos e leigas”, expressando o que seja a essência e o acidente.

A redação posterior também não conservou o subtítulo “O serviço à vida e à esperança”.

O texto de estudo (nº 77) foi praticamente todo aproveitado no texto do documento (nº 62). Pelo que apuramos, só foram totalmente excluídos os parágrafos 69 a 72 (tríplice dimensão do sacerdócio: palavra, culto, serviço; um capítulo sobre o ministério ordenado), 105 a 106 (comunidade evangelizadora, com conteúdo já trabalhado em outros pontos do texto). O restante do documento foi mantido, ou com a mesma redação ou com alterações. Houve bom número de acréscimos.

Quanto às alterações promovidas no texto.
Algumas não se constituem em modificação do conteúdo. São simples trocas de termos, inversões de ordem ou eliminação de expressões. “O povo a caminho” passa para “o povo itinerante” (nº 3), inclusão do número de paróquias existentes no Brasil (nº 37//39) .

Por vezes a alteração tem o único objetivo de atualizar o texto. Já se pode fazer referência ao documento Ecclesia in America e não mais aos “documentos preparatórios do recente Sínodo do Bispos para a América” (nº 54//59). A referência às DGAE de 1995-1998 é mudada para as DGAE de 1999-2002 (nº 160//187).

Outras alterações, sem modificar o sentido do texto, tornaram-no mais claro. É o caso da referência a diakonia, diálogos, kerygma e koinonia. A mera citação dos termos deu lugar a uma nota de rodapé mais ampla (nº 50//52).

Não se pode deixar de observar que algumas alterações, embora pequenas, são mais fortes. Na frase “a esperança, porém, não aliena os cristãos dos outros homens e mulheres” (nº 8), o termo aliena foi substituído por afasta. Aqui, parece-nos, já não se trata de simples substituição de uma palavra por um sinônimo, dado que os termos alienar e alienação têm forte significação política e sociológica. Por isso mesmo, pode-se ver a nova redação como empobrecimento do denso sentido original ou como medida para evitar conotações não pretendidas (sugerimos que se tenha preferido o empobrecimento do texto como meio de evitar interpretações díspares).

No nº 18 há um aprofundamento da análise da situação da juventude na sociedade atual.
Ainda neste sentido, veja-se como restou alterada a análise sobre motivações para mudança de religião. O texto “havendo um grande número de católicos, muitos deles sem adesão pessoal a Jesus Cristo e ligados apenas por laços fracos à comunidade eclesial, é natural que vários tenham mudado de religião” foi alterado para “a falta de uma adesão pessoal e viva a Jesus Cristo e de ligação maior com a comunidade eclesial coloca-se entre as causas que explicam o fato de muitos católicos terem mudado de religião” (nº 26//27).

O texto que destacava a atuação de leigos na sociedade sofreu acréscimo para recordar também a contribuição dos leigos na edificação da comunidade eclesial (nº 57//62).

Também nos parece sensível o abrandamento da crítica contida no texto “o Vaticano II superou a concepção de Igreja como ‘sociedade desigual’, que condensava e consagrava aquela antievangélica distância entre hierarquia e laicato, tão perniciosa para o testemunho cristão no mundo”, agora redigida assim: “o Vaticano II superou a concepção de Igreja como ‘sociedade desigual’, que favorecia aquela distância entre hierarquia e laicato, que o Novo Testamento não conhecia e que se revelou prejudicial para o testemunho cristão no mundo” (nº 64//69). Parece-nos mais adequada a avaliação do texto final se entendermos que se pretende reencontrar e valorizar o papel próprio do leigo, e não criar um clima de disputa clero/laicato ou de revanche contra o clericalismo.
Em item sem alteração de conteúdo, foi alterada a deno
minação de ministério confiado a leigos: de testemunhas qualificadas do sacramento do Matrimônio para Assistentes Leigos do Matrimônio (a mesma denominação foi incluída no nº 39).

O item que trata da pastoral do dízimo recebeu nova recomendação: prestar “contas à comunidade das entradas e das despesas” (nº 147//172).

Como se vê, em linhas gerais o conteúdo do estudo nº 77 foi conservado no documento nº 62, mesmo que com diversas alterações, algumas importantes.

As grandes diferenças entre os dois textos, no entanto, encontram-se nos acréscimos feitos no documento 62 em relação ao estudo 77. Destaquemos os principais.

Nos “Desafios econômicos, sociais e políticos” foi acrescentado um parágrafo para tratar da questão do meio ambiente (nº 20), para a qual toda a sociedade tem desenvolvido grande sensibilidade.

Foi desenvolvida uma análise sobre a relação entre a Igreja entendida como mistério e como povo de Deus (nº 60//65), indicando que a definição de Igreja como povo de Deus não é algo tão simples e imediato, exigindo aprofundamento.

A questão da tipologia dos ministérios, que era tratada em um único parágrafo (nº 83), foi sensivelmente desenvolvida, ocupando agora os números 87 a 93. Houve amplo estudo sobre os ministérios leigos.

Os números 96 a 103 constituem extenso acréscimo no qual se busca caracterizar o leigo e seu campo de atuação (o mundo é sua vocação primeira, mas não exclusiva, pois é chamado a cooperar também com o apostolado próprio da hierarquia).

O estudo sobre a relação entre hierarquia e laicato (nº 85//104) foi enriquecido com o acréscimo de três importantes notas de roda-pé. O mesmo ocorre com a recomendação de que se evitem o autoritarismo e mecanismos de exclusão (nº 98//117).

Foram, ainda, acrescentados os números 78 (unidade na diversidade), 119 (acolhimento de cristãos não católicos), 125 (pastoral urbana), 128 (serviço à pessoa e à sociedade), 129 (colaboração de cristãos de denominações diferentes no serviço à sociedade), 132 (participação e acompanhamento das atividades políticas), 134 (iniciativas comunitárias de solidariedade e proposta do projeto “paróquias irmãs”), 152 (apostolado individual e empenho pessoal de cada cristão), 154 (testemunho ecumênico), 179 (oração), 180 (espiritualidade não afasta da vida cotidiana), 192 (organização e objetivos do Conselho Nacional de Leigos; o nº 191 já acrescentara referência aos Conselhos de Leigos, não contida no primitivo nº 164). A relação destes acréscimos permite constatar alguns destaques: três deles estão relacionados com a questão ecumênica; o capítulo sobre “Serviço e participação na transformação da sociedade pelo bem dos pobres” sofreu quatro acréscimos; dois novos itens foram incluídos nos capítulos sobre “Anúncio do Evangelho” e “Espiritualidade do cristão” (aliás, há nada menos que 11 novos parágrafos nas diretrizes para a evangelização, ou seja, no agir, na parte prática). Isto parece sinalizar quais questões são objeto de maior preocupação ou têm sua importância ressaltada.

Houve, porém, um outro acréscimo que nos parece ser o coração do documento 62 ou, dito de outra forma, a perspectiva de leitura do documento. De fato, mesmo outras alterações e reorganizações do texto parecem ter sido promovidas para adequá-lo à questão ali suscitada.

Trata-se do acréscimo dos números 53 a 55 em capítulo intitulado “A evangelização nas diretrizes da Igreja no Brasil”.

A posição do acréscimo e sua redação deixam entrever que, em momentos anteriores, surgiu uma tensão entre duas aproximações do tema evangelização: a partir de suas quatro exigências fundamentais (serviço, diálogo, anúncio e testemunho de comunhão) e a partir das três funções pelas quais ela se realiza (profética, sacerdotal e real).

Nas DGAE 1995-1998 (doc. 54), no Projeto Rumo ao Novo Milênio (doc. 56) e nas DGAE 1999-2002 (doc. 61) prevaleceu a análise a partir das quatro exigências. Foi também a partir desta posição que foram traçadas orientações práticas. A mesma perspectiva orientara a elaboração do anteprojeto que deu origem ao estudo 77.

A tensão entre as duas perspectivas voltou a se fazer presente na fase de discussão do tema missão e ministérios dos leigos. Desta feita, a perspectiva das três funções pelas quais se realiza a evangelização foi assumida pelo documento. Mais do que o simples acréscimo de um item, foi algo que provocou a releitura do texto, motivando várias outras adaptações.

Em função desta nova perspectiva, o capítulo “Sacerdócio comum – Um sacerdócio existencial” do estudo 77 deu lugar aos capítulos “Participação na função profética”, “Participação na função sacerdotal” e “Participação na função real” do documento 62, implicando no acréscimo dos números 72 (profética) e 75-76 (real); os antigos números 67-68, enriquecidos, formaram os números 73-74 (sacerdotal).

Os extensos acréscimos dos números 87-93 e 96-103 contêm estudo sobre o estatuto do cristão leigo e o modo pelo qual se realizam sua missão e seus ministérios. Tal estudo se coloca em consonância com a perspectiva da tríplice função e é, praticamente, exigido por esta nova aproximação do tema. Ou seja, era preciso detalhar sob que fundamentos e por que meios o cristão leigo desempenha seus múnus de sacerdote, rei e profeta.

Importa observar que a inclusão desta perspectiva se dá na parte do documento identificada com o momento de “julgar” do método adotado na elaboração. Ou seja, tra-ta-se, realmente, de critério a ser considerado como chave de leitura do tema. É elemento de composição das lentes por meio das quais se deve enxergar a questão em estudo.

Esta nova perspectiva nos parece de uma importância ímpar e ainda não suficientemente reconhecida. Trata-se de uma questão antes apresentada sem que fosse explicitamente assumida e que, agora, ocupa posição de destaque. A reconfiguração do documento indica não se tratar de um grupo ter cedido para agradar a outro. Se acreditamos que o Espírito Santo conduz a Igreja, não seria o caso de nos perguntarmos o porquê de tal perspectiva ter sido assumida neste momento?
Proponho uma resposta: a tríplice função e o fato de todo cristão exercê-la está já presente no Concílio Vaticano II e no Código de Direito Canônico (para não lembrar da Carta aos Hebreus). Era, pois, algo já latente. No entanto, tínhamos mais dificuldades, por razões históricas e culturais, de reconhecer o exercício da tríplice função por leigos e leigas. Não era, então, o caso de se insistir no fato de leigos e leigas serem parte de um povo de sacerdotes, reis e profetas? Que implicações tal conceito pode ter na pastoral e na evangelização? Que pode significar, por exemplo, a função real, ou seja, de governo e pastoreio do Povo de Deus? Como ler, a partir desta ótica, por exemplo, o conteúdo dos números 102//122 e 163//190, que tratam dos conselhos de pastoral? Ganham eles uma nova dimensão, uma nova perspectiva? Que sentido prático isto tudo pode ter em nossas Paróquias e Dioceses?

A terceira parte do documento – diretrizes/orientações práticas/agir – manteve a estruturação com base nas quatro exigências da evangelização. Como já apontamos, porém, a inclusão da perspectiva da tríplice função favorece uma releitura das orientações. Pode-se observar nesta parte uma nítida separação entre as diretrizes para atuação do leigo na sociedade e na Igreja (a esta é dedicado mais especificamente o capítulo “Vivência e testemunho da comunhão eclesial”).
Na 21ª Assembléia das Igrejas do Regional Sul 1 da CNBB (Itaici, 22-24/10/1999), Dom Aloísio Lorscheider propôs um esquema que me parece ainda incipiente, mas que merece ser refletido e enriquecido: “Pois bem, o testemunho, o anúncio, o diálogo, não são outra coisa do que o exercício do múnus profético dos leigos; o serviço enquadra-se perfeitamente no múnus régio, dentro do domínio ordenado do criado e no múnus sacerdotal, enquanto ação oblativa e celebrativa (sacramento e vida ou sacramento e ação).”

Evidentemente, a parte final dos textos é bem diferente. Enquanto um apresenta proposta “Para continuar o diálogo”, o outro traz uma “Conclusão”.

Por fim, houve expressivo aumento no número de notas de roda-pé: de 149 para 262, isto é, um incremento de 75%. Isto poderia dar a impressão de enriquecimento do documento. Tal conclusão não é adequada. Houve, sim, a inclusão de notas de rico conteúdo, como as de números 43, 84, 148, 152, 153, 176, 179, 195, 215 e 254 (algumas como notas dos novos parágrafos adicionados ao texto). A grande maioria, porém, apenas levou para o roda-pé referências a textos bíblicos ou documentos que estavam incluídas nos respectivos parágrafos (o que significa ajuste de metodologia). Houve mesmo texto que fazia parte de parágrafo e que foi deslocado para nota de roda-pé, como a de nº 185, antes parte do parágrafo 85 do estudo 77.
Saliente-se que apresentamos uma abordagem do documento 62, que pode ser estudado a partir de vários outros enfoques. Optamos por este em razão de entendermos que o estudo comparativo com as origens do documento permite identificar alguns aspectos bastante interessantes. A simples exposição do documento – pensamos – seria de menor utilidade, pois o texto ou já foi lido ou está à disposição para leitura por aqueles que desejam conhecê-lo e saber de seu conteúdo. Esperamos, assim, ter trazido uma contribuição nova ao estudo, ainda que falhas possam ser apontadas em nossa aproximação do texto.

Reunião do Clero do Setor de Jaboticabal
Taquaritinga, 03 de novembro de 1999
Mário Lúcio Marchioni

As ceitas de cura e a visão católica

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Em busca da arca de Noé - Primeira parte


"No dia 27 de setembro de 1960, Ron Wyatt leu um artigo na "Revista Vida" sobre uma fotografia aérea de uma estranha formação de barco moldada numa montanha a 20 milhas ao sul do Mt. Ararat; Era uma estrutura em forma de barco de aproximadamente 150 metros de comprimento. Logo uma expedição com cientistas americanos partiu para o local.



A 2200 metros de altitude, no meio de escombros e deslizamentos de terra, os exploradores acharam uma área clara, gramínea, com bordos íngremes e moldada como um navio. Suas dimensões são aproximadas às determinadas no Gênese, 150x25x15 metros.

Fizeram uma pesquisa rápida de dois dias que não revelou nenhum sinal do objeto ter sido feito pelo homem. Os cientistas do grupo não disseram nada à respeito da possibilidade natural criar tal forma tão simétrica. Uma escavação completa deveria ter sido feita no ano seguinte para resolver o mistério, nunca se concretizou.



Para Ron, se a Arca de Noé fosse real, então toda Bíblia seguramente era fidedigna. Ron determinou-se a visitar o local, mas, isso tornou-se um sonho para ele.

Estudando medicina na Universidade de Michigan, trabalhando como técnico de laboratório em Kalamazoo, com uma filha adolescente, um filho de três anos de idade aguardando o nascimento de outro filho.

Em 1964, assuntos familiares o forçaram a deixar as esperanças de se formar médico, ele mudou-se para o Kentucky, onde conseguiu se formar como anestesista em 1970. Não parecia que ele teria alguma oportunidade para visitar o estranho local do barco moldado, assim teve que limitar sua pesquisa arqueológica a bibliotecas e livrarias. Mas ele nunca perdeu interesse no fato, estudou tudo relativo à história antiga e arqueologia.

Havia muito pouca informação disponível sobre a Arca de Noé, o que convenceu Ron mais do que nunca que uma pesquisa mais séria deveria ser empreendida sobre assunto. Tudo o que ele tinha lido estava baseado em folclore e reivindicações insubstanciadas, informações sobre várias localidades diferentes.

De 1973 a 1975, ele e as crianças mudaram-se para o Havaí, onde ele pôde estudar vulcões diretamente. Isto o convenceu que se a arca tivesse aterrissado no cume vulcânico chamado Mt. Ararat, teria sido destruída há muito tempo. Apesar do fato de explicações elaboradas sobre como a arca poderia ter sobrevivido no cume vulcânico.

A erupção do Monte St. Helens mostrou a ele que nada poderia sobreviver numa montanha vulcânica como Ararat. Se a arca tivesse estado lá, ele concluiu teria sido destruída há muito tempo.

Em 1975, ele decidiu que havia uma forma de pesquisa que ele poderia fazer; ele construiu um pequeno modelo da Arca com as mesmas relações declarada na Bíblia, também construiu na água várias configurações de montanhas.



Ele observou a reação do modelo de barco ao flutuar próximo das várias maquetes de montanhas que fez. Ele aprendeu que o barco ao aproximar-se de um cume, simplesmente flutuava ao redor, não se aproximava ou aterrissava, o deslocamento lateral do fluido impedia qualquer forma de atracação.

Ele continuou esta experiência de várias formas, com o mesmo resultado, até que construiu uma formação montanhosa levemente inclinada, quando o barco acelerou ao redor desta formação, e as águas descendo lentamente, o navio flutuou com suavidade até tocar o fundo e parar. Com essa informação, Ron sabia que a arca teria que ter aterrissado num lugar semelhante, e não no cume íngreme do Mt. Ararat.

Um dos assuntos de estudo favoritos de Ron eram os antigos egípcios relacionados à Bíblia. No Havaí, ele leu tudo o que conseguiu por as mãos à respeito. Como ponderou, havia uma coisa que parecia ser óbvio a ele: Moisés tinha sido o autor do Gênesis, então escreveu a história do Dilúvio, e como tal, Ron acreditou que o cúbito que Moisés usou para descrever as medidas da arca teriam sido o Cúbito Real egípcio, o padrão universal de medida no mundo antigo naquele momento. Assim, 300 Cúbitos (egípcios) se iguala a 515 pés, e não aos 450 pés aceitos até então baseados no cúbito hebreu, inexistente à época.



Havia 15 anos desde que ele tinha lido aquele artigo na "Revista Vida", mas o interesse dele só cresceu. Até esta época Ron não teve mais nenhuma informação do objeto, então, ele leu o livro "O Arquivo ", por Rene Noorbergen que em 1960 participou da primeira expedição à formação do barco moldado. Assim ele soube os nomes dos homens que visitaram o local.

Ele contatou os homens da expedição, e perguntou tudo à respeito sobre a viagem arqueológica, lhes perguntou como chegar ao local, afinal 20 milhas ao sul do Mt. Ararat é uma localização muito vaga numa região com tantas montanhas. Mas, ninguém soube contar exatamente como chegar lá, eles tinham montado a cavalo por horas, sendo conduzidos pelo exército turco. Quando ele falou em visitar o local, lhe disseram que ele estava louco, nada havia lá; todos, exceto o Dr. Arthur Brandenburger que acreditava realmente tratar-se de um navio.

Em 1977, os filhos já crescidos, com dinheiro suficiente e duas semanas de férias, pela primeira vez Ron sentiu que poderia viajar para a Turquia. Assim, ele contou aos filhos o que estava a ponto de fazer, e para o desânimo dele, Danny de dezessete anos, e Ronny de dezesseis, teimaram em ir junto.

Em 9 de agosto de 1977, eles chegaram a Istambul. As coisas estavam muito difíceis, eles pegaram um ônibus para Ancara, e um trem para Erzurum. Isto consumiu três valiosos dias. Em Erzurum, eles pegaram um táxi a Dogubeyazit, uma pequena cidade perto do local.

A Turquia Oriental não é nenhuma área turística, é distante e perigosa, havia dezessete anos desde a ultima expedição ao local, talvez o povo tivesse esquecido do assunto, e se não encontrassem ninguém na cidade que soubesse inglês, como eles achariam o barco moldado? Muitas pessoas podem achar o método de Ron de adquirir informação estranho, ele fez a única coisa possível, orou silenciosamente por ajuda.

Quando eles se aproximaram da cidade, o táxi quebrou, eles então empilharam um grande número de pedras ao lado da estrada, ante o confuso olhar do motorista. Voltando ao táxi, continuaram a jornada estrada abaixo. Logo, nova quebra, com menos entusiasmo eles empilharam novamente pedras na margem de estrada. Depois de muitas milhas e 3 pilhas construídas, finalmente chegaram ao hotel em Dogubeyazit.

Na manhã seguinte, refeitos da jornada anterior, eles adquiriram outro táxi e rumaram para a primeira pilha de pedras que fizeram na margem da estrada, seguiram a partir dela perpendicularmente à estrada, chegando numa pequena aldeia. Vários homens armados se aproximaram, usando "idioma" de sinal, Ron convenceu os homens que eles eram só turistas, então os aldeãos designaram guias para eles.

Caminharam por milhas e milhas de terreno áspero, até que Ron percebeu uma "pedra" idêntica às pedras de âncora achadas no Mar mediterrâneo que ele tinha visto em livros arqueológicos, só que essa "pedra" era muitas vezes maior.



Quando ele examinou a pedra mais de perto, viu que haviam 8 cruzes esculpidas nela. Quando os aldeãos viram o interesse de Ron pela pedra, eles lhe mostraram outras pedras de âncora, todas com 8 cruzes esculpidas nelas. Eles estavam terrivelmente excitados pelo que tinham visto, mas do barco moldado, nenhum sinal. Continuaram caminhando, mostraram para Ron um cemitério antigo com monumentos "estranhos" que pareciam representações simples de barco. Estas coisas tinham relação com à Arca de Noé? Ron acreditou que sim. Assim, ele fotografou e filmou tudo e decidiu voltar ao hotel.

Na manhã seguinte, rumaram até a segunda pilha na beira da estrada, caminhando como anteriormente, eles acharam ruínas de uma velha casa de pedra, fora dessa casa haviam grandes muros de pedra que pareciam prolongar-se por várias milhas. A característica mais interessante deste local era a existência de duas grandes pedras, uma em pé e outra caída.

Na pedra em pé havia um desenho esculpido: Uma forma de arco, debaixo do qual uma ondulação sugeria um oceano, e sobre ela um barco; caminhando longe do barco oito pessoas; o primeiro era um homem alto, seguido por uma mulher; os próximos eram três homens do mesmo tamanho da mulher; as três últimas eram mulheres menores que a mulher anterior.



Parecia bastante óbvio a Ron que esta era a representação dos 8 sobreviventes do dilúvio, andando longe do navio com um arco-íris sobre eles.

Quando ele estudou estes dois monumentos mais de perto, ele notou na pedra caída, a primeira mulher (representando a esposa de Noé) e o primeiro homem (o Noé), ambos com os olhos fechados e a cabeça inclinada; considerou que as pedras na frente da casa eram as lápides de Noé e a sua esposa.

O que Ron e os meninos acharam nestes primeiros dois dias é extremamente importante, não prova nada sobre o barco moldado, mas é uma indicação clara que uma família de oito pessoas viveu nesta área em algum momento da Antigüidade. O desígnio de oito cruzes nas pedras das âncoras mostra que alguém durante a era Cristã tinha identificado estas pedras com a arca e seus oito passageiros."

As Testemunha de Jeová e a visão Católica

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Fantasmas: não creio, mas tremo !


As questões fantasmagóricas são em nível mundial, mas nos limitaremos no Brasil. Como é grande a crença em fantasmas! Mesmo as pessoas mais comuns que negam (por nunca terem visto) preferem "não mexer" com isso. No fundo existe o medo nas pessoas. E também quantas histórias (lendas) já ouvimos, principalmente de nossos antepassados.


De fato, falar sobre fantasmas é muito interessante e prende a atenção de qualquer pessoa. De lendas, as questões sobre fantasmas passavam a ser assunto para a ciência, principalmente na área da psicologia e mais ainda na parapsicologia.


Através destas ciências sabemos que nosso inconsciente ocupa 90% de toda a capacidade mental, ou seja, é capaz de produzir muitos fenômenos (de efeitos telepáticos e de efeitos físicos). Com relação aos fantasmas, nos limitaremos aos fenômenos de efeitos físicos.

Os fenômenos de efeitos físicos acontecem por influxo do psiquismo sobre a matéria. As energias orgânicas (elétrica, térmica, motora, etc.) que se transformam e se exteriorizam, causam efeitos físicos com massa, peso e estrutura. Estes fenômenos são chamados Ectoplasma.


A exteriorização dessas energias (produção do ectoplasma) provinda de uma pessoa viva (inconscientemente), produz a imagem física de um fantasma inteiro de acordo com a idéia do dotado parapsicologicamente, porém esta imagem é tênue (com características típicas de um fantasma - pouco transparente, flutuante, leve, etc.). Este fenômeno de produção de um "fantasma" é chamado Fantasmogênese.


Nenhum fenômeno de efeito físico é possível fora de uma distância de um raio de 50 metros, ou seja, se afastarmos todas as pessoas vivas de uma casa "mal assombrada", a mais de 50 metros, é impossível registrar qualquer fenômeno para-normal de efeito físico.


Podemos concluir que este fenômeno não passa de uma faculdade parapsicológica humana chamada fantasmogênese e que não tem nada a ver com fantasmas e espíritos do além.


Por falta de intrução é muito mais fácil e cômodo criar esta mentalidade mágica e fantasmagórica como forma de explicação. Errado ! Vamos estudar !


Thiago Cezar Giannico, 27 anos. Seminarista da Diocese de Jaboticabal SP, 2° ano de Teologia da Faculdade "Dom Miele" de Brodowski - S.P.

A Santa Missa é um ato repetitivo ?

Caríssimos irmãos e irmãs em Cristo, devido a grandes questionamentos sobre os ritos da Santa Missa dizendo que a mesma são atos repetitivos estou postando esse artigo para explicar os motivos de tais ritos.

-Ritos iniciais.

Inicio: Um representante da liturgia inicia a missa explicando o tempo em que estamos o que vai ser passado na missa, alguns pedidos e intenções para nossos irmãos já falecidos.

Saudação: O Padre saúda a comunidade reunida anunciando a presença de Jesus.

Ato Penitencial: (geralmente cantado) Em atitude de profunda humildade, pedimos perdão de nossos pecados.

Glória: (geralmente cantado) Já perdoados, cantamos para louvar e agradecer.

Coleta: O padre coleta todas as intenções feitas para a celebração da missa, inclusive as intenções pessoais de cada um, e faz uma benção às intenções.

-Liturgia da palavra.

Primeira Leitura: Passagem tirada do antigo testamento.

Salmo: (geralmente cantado) nos ajuda a entender melhor a mensagem da primeira leitura.

Segunda leitura: Passagem tirada do novo testamento

Aclamação do Evangelho: (geralmente cantado) Nesta hora ouvimos o padre anunciar a mensagem de Jesus. Por isso cantamos “Aleluia” (que significa ”alegria”).

Evangelho: Jesus nos fala a sua mensagem através dos evangelistas tirados do novo testamento.

Homilia: O Padre explica as leituras e o Evangelho.

Profissão de fé: Momento que renovamos e professamos tudo àquilo que como cristãos devemos acreditar.

Oração dos fiéis: A comunidade reunida reza pelas intenções impostas.

-Liturgia Eucarística.

Preparação das Oferendas: Momento em que oferecemos a nossa vida, ou seja, tudo o que somos ao Senhor. Logo depois ocorre a oração sobre as oferendas, que por intermédio do sacerdote, Jesus consagra o Pão e o vinho.

Oração Eucarística: Momento principal da celebração. Onde recordamos a morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, não sendo apenas uma lembrança de um fato que aconteceu, mas sim algo q acontece hoje, aqui, agora na eucaristia.

Comunhão: Momento em que vamos em direção ao banquete do Senhor receber seu Corpo e seu Sangue.

-Ritos finais.

Avisos: O Padre da os avisos sobre as outras celebrações e utilidades públicas.

Benção Final: O padre da uma benção à comunidade

Despedida: O Padre se despede da comunidade e recorda que este momento não é apenas uma despedida, mas um novo envio para realizar a missão de evangelização.

E para complementar como disse um grande amigo, o Padre Luis Fernando no mesmo caso da oração que também temos o questionamento de ser repetição saibam que na verdade a oração é uma renovação assim como a missa também é uma renovação de nossos pensamentos e nossas intenções em Cristo.

Espiritismo e a visão Católica

Carissimos irmãos e irmãs em cristo, estarei postando hoje mais escans do livro "perguntas e respostas sobre a fé" do Padre Alberto Luiz Gambarini.

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Imagens escaniadas do livro "perguntas e respostas sobre a fé" do Padre Alberto Luiz Gambarini

O Papa: Sucessor de Pedro

Carissimos irmãos e irmãs em cristo, estarei postando hoje mais escans do livro "perguntas e respostas sobre a fé" do Padre Alberto Luiz Gambarini.

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Imagens escaniadas do livro "Perguntas e respostas sobre a Fé" do Padre Alberto Luiz Gambarini

É correto batizar crianças ?

Carissimos irmãos e irmãos em cristo, como dever meu ter um post diário no blog estarei postando mais umas paginas escaniadas do livro "perguntas e respostas sobre a fé" do Padre Alberto Luiz Gambarini.

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Imagens escaniadas do livro "Perguntas e respostas sobre a Fé" do Padre Alberto Luiz Gambarini

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